O tratamento da apneia obstrutiva do sono deve ser norteado pelos sintomas e gravidade da doença. A apneia possui estreita relação com o ganho de peso. Assim,
todo o indivíduo portador de apneia do sono que estiver acima do seu peso ideal
deve ser encorajado a emagrecer. Porém, somente a perda ponderal geralmente não pode não ser suficiente para tratar a apneia do sono. Nos casos de ronco e apneia leve, um
tratamento possível é o aparelho intra-oral, que consiste em uma placa colocada
sobre os dentes, utilizada somente à noite e confeccionada por um dentista com
experiência nesta área. Cirurgias de garganta e língua geralmente não são
curativas e estão indicadas em casos selecionados. Exercícios de garganta
realizados com orientação de fonoaudiólogas representam uma terapia alternativa
ainda em estudo, observando-se melhora parcial da apneia. Até hoje, o
tratamento mais consagrado para a apneia obstrutiva do sono é o CPAP (abreviação
em inglês que significa pressão positiva continua nas vias aéreas). O CPAP
consiste de um aparelho gerador de fluxo, semelhante a um compressor de ar. Através
da conexão com uma máscara acoplada ao rosto do paciente, ele gera uma coluna
de ar que mantém a garganta aberta durante o sono, representando uma modalidade
de tratamento que pode ser indicada em todas as situações, especialmente nos
casos de apneia moderada a grave, quando os demais tratamentos podem produzir
poucos resultados.
Para se começar a usar o CPAP, é fundamental a orientação de seu médico. Também indispensável é que você tenha oportunidade de testar vários aparelhos e máscaras sob supervisão a fim de escolher a máscara que melhor se adapta a você.
Após instituído o tratamento,
observa-se a melhora da qualidade do sono do paciente e parceiro, redução da
sonolência diurna e melhora dos demais sintomas provocados pela doença, além da
redução do risco cardiovascular associado à apneia do sono.
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